Na última quinta-feira, 18 de setembro, a cidade de Farroupilha foi palco de uma importante reunião entre a CICS Serra e o deputado estadual Ernani Polo, Secretário de Desenvolvimento do RS. O encontro teve como foco a discussão sobre o plano de reconstrução do Rio Grande do Sul após a maior catástrofe climática da história do estado, ocorrida entre abril e maio de 2024. Sob o lema “Todos nós por todos nós”, os participantes destacaram os desafios e as ações necessárias para enfrentar os impactos devastadores.
Os números da tragédia
A catástrofe atingiu 95% dos municípios gaúchos, com 95 deles em estado de calamidade pública e outros 323 em situação de emergência. Atingindo diretamente 2.398.255 pessoas, o desastre deixou 182 óbitos confirmados, 806 feridos e 31 desaparecidos. No auge da crise, em maio, 81.403 pessoas buscaram abrigos temporários, e 581.638 foram desalojadas. Mesmo após meses, 5.696 ainda permanecem em abrigos.
Ações de resgate e mobilização
Graças ao esforço conjunto das forças de segurança do estado e de apoio externo, 77.874 pessoas e 12.543 animais foram resgatados. Mais de 28 mil profissionais do estado, além de efetivos de outros estados e da Força Nacional, participaram das ações. Essas mobilizações salvaram milhares de vidas e permitiram o avanço dos trabalhos de recuperação.
Impactos econômicos e logísticos
As chuvas persistentes, com um volume acumulado equivalente a três meses de precipitação em apenas 10 dias, causaram uma série de interrupções em serviços essenciais. Mais de 1,3 milhão de clientes ficaram sem abastecimento de água, enquanto 360 mil pontos sofreram com a falta de energia. Rodovias estaduais e federais tiveram 449 pontos de bloqueio, dos quais mais de 400 já foram liberados.
Além disso, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foi fechado por tempo indeterminado, impactando a logística de transporte de pessoas e mercadorias.
Desafios para a reconstrução
Durante o encontro, Ernani Polo e os representantes da CICS Serra debateram as dificuldades no processo de reconstrução. Entre os principais desafios estão a restrição financeira, o excesso de burocracia e a falta de pessoal técnico especializado. A necessidade de alterações nas regras fiscais e na legislação estadual foi amplamente discutida, sendo apontada como essencial para viabilizar a retomada das atividades produtivas e a reconstrução das áreas afetadas.
A reunião contou com a presença de autoridades locais e membros da diretoria da CICS Serra, reforçando o comprometimento das entidades com a recuperação do estado.
A catástrofe de 2024 ficará marcada na história do Rio Grande do Sul, e a mobilização de todos os setores será fundamental para que o estado possa se reerguer diante de um cenário tão adverso.
Assessoria de Imprensa